Impasse

A segurança na UFPel como fica?

Estudantes e representantes de sindicatos fizeram ato em defesa dos vigilantes na universidade

Gabriel Huth -

Na manhã desta sexta-feira (21) representantes de sindicatos e estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se reuniram no Campus Anglo para discutir a possível demissão de funcionários terceirizados da segurança da instituição. A universidade passa por dificuldades financeiras em função da falta de repasses do governo federal e nos próximos dias deve demitir 50 trabalhadores que fazem a segurança privada nos prédios. Após o ato, em frente a cantina do campus, alunos e representantes sindicais foram até a sala da reitoria para conversar com o reitor em exercício, Luís Centeno do Amaral.

O ato teve início às 10h e contou com discursos, com o auxilio de microfone e um carro de som, de representantes do Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas (ASUFPel), Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região (Sindvigipel), Associação do Docentes da UFPel (ADUFPel) e ainda pessoas ligadas à chapa eleita do DCE.

"Não queremos demissões, queremos resolver esse problema. Nosso sindicato ainda não foi ouvido. O contrato é de 146 vigilantes e querem demitir mais de 30% deles. Todos vão sofrer com a falta de segurança", disse o presidente do Sindvigipel, Marcelo Puccinelli Alves.

A chapa vencedora do DCE, que toma posse neste sábado, também usou o microfone para declarar o pensamento dos estudantes sobre a situação. Segundo eles, as palavras da reitoria são o anúncio da precarização e somente com a mobilização da comunidade será possível evitar esse retrocesso em todos os níveis. Já para o servidor da universidade, Luan Badia, essas decisões são "um deboche com a comunidade acadêmica". Segundo ele, ninguém perguntou de onde seriam cortados os gastos. "Deixar 50 trabalhadores sem sustento é uma vergonha", declarou.

Com a palavra, a UFPel
Em nota de esclarecimento a universidade disse que tem a previsão de investir R$ 31 milhões nos contratos de serviços terceirizados, o que representa 58% do provável orçamento de custeio do ano. Para racionalizar a prestação desses serviços e a aplicação dos recursos houve a necessidade de redimensionamento dos postos de vigilância e portaria.

A nota diz que o processo foi tratado de maneira humana e responsável. A qualidade do serviço será mantida e a economia de recursos vai ter impacto positivo para as atividades fins da UFPel.

O Sindvigipel divulgou a lista das mudanças que podem ocorrer com as demissões.

Confira os prédios que podem ter a vigilância reduzida:
Brahma
Casarão 8
Amílcar Gigante
AABB
Palma
Paliteiro (em frente à rodoviària)
Anglo

Prédios que podem ficar sem vigilância:
ICH
Teatro
Tablado
Garagem
Cotada
Arquivo
Morto
Almoxarifado
Direito
Radar CAVG
Apoio
Estudantil
Museologia
Sallis Goulart
Proasa
Desafio

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